Mare Nostrum


 As transformações econômicas no final da Idade Média, associadas ao processo de urbanização e ascensão da burguesia, tornaram as concepções artístico-literárias feudais inadequadas. Novas exigências afloraram, refletidas no desenvolvimento comercial e na nova sociedade urbana emergente. As primeiras manifestações renascentistas apareceram e triunfaram onde essas transformações já predominavam.

 Foi na Itália que o Renascimento nasceu e atingiu maior expressividade, sobretudo em cidades como Veneza, Florença e Roma, onde o papa incentivava muito as artes. As cidades italianas eram grandes centros comerciais, com destaque para os portos de Gênova e Veneza, e ao mesmo tempo, a riqueza da região tornou possível o surgimento dos Mecenas (indivíduos ricos, que em busca promoção pessoal, patrocinavam produções artísticas e cientificas). Porém esse movimento não ficou restrito à península itálica houve outros focos como nos Países Baixos, Alemanha, Inglaterra, França e Portugal.

 Os italianos contavam ainda com uma viva presença da cultura clássica, graças aos seus muitos monumentos e ruínas. Foi também a Itália o principal polo de atração dos sábios bizantinos, pensadores formados pelo antigo saber clássico gregp, que para lá se dirigiam fugindo da decadência do Império Romano Oriental e das crescente pressões dos turcos-otomanos.

 Completando a imensa gama de fatores que detonaram o inicio da época renascentista na península Itálica, havia ainda as influencias árabes, povo que obtivera, ao longo dos séculos, enorme repositório de valores greco-romanos e que mantinha contados comerciais com portos italianos.

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