Períodos da Renascença

  Chamamos de Trecento (os anos trezentos) a fase do século XIV, Quattrocento (os anos quatrocentos) a do século XV e Cinquecento (anos quinhentos), o período mais criativo, que foi de 1500 a 1550. 


Trecento (Século XIV)

Deposição de Cristo, Giotto, ciclo de afrescos na Capela Scrovegni (1304-1306), Pádua
Deposição de Cristo, Giotto, ciclo de afrescos na Capela Scrovegni (1304-1306), Pádua

  O pintor Giotto di Bondoni foi a principal figura do movimento renascentista nas artes plásticas do período. Rompendo com as representações esquemáticas medievais, representava as figuras humanas com grande naturalismo, inclusive Cristo ou santos.

  Na literatura, generalizou-se a utilização do dialeto toscano (oriundo do norte da península itálica), que seria a matriz da língua italiana contemporânea. Destacaram-se dois autores: Petrarca, considerado o "pai do humanismo e da literatura italiana", e Giovanni Boccaccio.

  Petrarca deixou em sua obra "De África"  marcantes traços dos clássicos grecos-latinos, apesar de que em alguns de seus trabalhos, como "Odes a Laura", evidencia-se uma forte religiosidade cristã medieval.

 Boccaccio é o autor de "Fiammentta", "Filistrato" e "Decameron",conjunto de contos que ressaltam o egoísmo, o erotismo e o anticlericalismo, desprezando os ideais ascéticos do período medieval.


Quattrocento (Século XV)

Mona Lisa, Leonardo da Vinci, (1503–1504)
Mona Lisa, Leonardo da Vinci, (1503–1504)

  No século XV, a partir de Florença, destacou-se o pintor Masaccio, considerado um mestre  da perspectiva.

 Sandro Botticelli é outro proeminente; suas obras apresentam figuras leves, tênues, quase imateriais. Traduz uma convicção pessoal de que a arte é antes de tudo uma expressão espiritual, religiosa e simbólica. Seus personagens buscam a beleza neoplatônica e alcançam em "Nascimento de Vênus", uma pintura representando a união entre o paganismo clássico e o Cristianismo. Outras de suas obras famosas são "Alegoria da Primavera" e o "Centauro".

  Já no final do Quattrocento e início do Cinquecentro, despontou a figura de Leonardo da Vinci. Decidiu-se a diversos ramos da arte e da ciência, tendo sido pintor, escultor, urbanista, engenheiro, físico, músico, filósofo e botânico. Tal diversidade de interesses era típica do homem renascentista. Como pintor, Leonardo criou "A Gioconda" (conhecida como "Mona Lisa") e a "Santa Ceia", dois dos seus quadros mais famosos.


Cinquecento (século XVI)

Adão e Eva, Capela Sistina, (1473-1483)
Adão e Eva, Capela Sistina, (1473-1483)

 No século XVI, o principal centro da arte renacentista passou a ser Roma. Na literatura destacaram-se alguns autores como: Francesco Guiciardini (com "História da Itália"), Torquato Tosso (com "Jerusalém libertada") e Ariosto (com "Orlando, o furioso"), porém, o principal foi Nicolau Maquiavel, iniciador do moderno pensamento político e maior expoente literário do período. Em "O Príncipe", defende um Estado forte, independente da Igreja Católica, um governo absolutista, estando "a razão de Estado" acima de qualquer outro ideal. Escreveu também a peça "Mandrágora", considerada a mais perfeita obra teatral escrita em italiano.

  Nas arte plásticas, surgiu Rafael Sanzio, pintor que mais tarde se tornaria um dos mais populares artistas e que seria conhecido como "pintor das madonas".

 Entretanto, a maior figura do período sem dúvida foi Michelangelo Buonarroti, que é considerado "o gigante do Renascimento". Ele foi escultor e pintor, sendo responsável pelo conjunto de afrescos pintados na Capela Sistina, em Roma. Essas pinturas retratam uma síntese da Bíblia, especialmente a criação do mundo e de Adão, que ocupa toda uma parede. Seus trabalhos exprimem dor e paixão com intensidade inegualável, levando a estética da época ao máximo de suas potencialidades.

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