Mederi
No campo da medicina, o conhecimento científico custou a se firmar. Era comum no século XVI dizer que as doenças foram provocadas pelo diabo ou por feitiços de inimigos. Receitavam-se porções variadas, mas em muitos casos os curandeiros conheciam o valor medicinal de plantas e ervas.
A sua prática, na vida cotidiana dos menos favorecidos, estava ligada a um saber empírico misturado com religião; presumia-se que os fenômenos biológicos, assim como as manisfestações da natureza, dependiam da vontade de Deus.
Mas nem toda a medicina da época era mágica ou subordinada ao pensamento religioso. Muitos se dedicavam a estudar o corpo humano. Era comum o roubo de cadáveres nos cemitérios por professores e alunos de medicina. Destacaram-se Mundinus, que introduziu a prática da dissecação de cadáveres para obter um conhecimento legítimo da anatomia humana, Falópio, o descobridor do ovidutos humanus, Eustáqui, que encontrou a ligação entre o ouvido médio e a garganta, Miguel Servet e William Harvey que realizaram trabalhos referentes a circulação do sangue, dentre outros.